sábado, 29 de janeiro de 2011

Informação obtida através da entrevista ao investigador Jorge Palma

Nas duas últimas aulas, eu e a Rita estivemos a tratar a informação obtida através da entrevista vídeo realizada ao investigador Jorge Palma na nossa ida à Faculdade de Ciências e Tecnologias em Faro. Como foi uma tarefa realizada em colaboração com a Rita, decidimos dividir o texto que conseguimos obter da entrevista, para que cada uma colocasse no seu blog individual uma parte do trabalho realizado nas aulas.

Em primeiro lugar questionámos o investigador acerca do projecto "Cavalos-marinhos em perigo na Ria Formosa?": quais as suas componentes, os objectivos e investigadores , as causas previstas para tal problema e os condicionalismos que o projecto enfrenta. Dessa entrevista obtivemos o seguinte texto: 



Toda a informação relativa à Ria Formosa que se sabe até hoje, é devida aos estudos realizados por investigadores há sensivelmente seis anos atrás. Assim, os investigadores deste projecto do CCMar irão realizar estudos nos mesmos locais anteriormente analisados para verificarem a variação do número de indivíduos e, consequentemente, compararem os resultados e chegar a uma conclusão para tal variação. Pela observação dos anteriores investigadores e pela actual observação, os investigadores do CCMar concluíram que esta população está a diminuir.

O projecto sobre a perda da população de cavalos-marinhos na ria formosa tem duas componentes principais:
cavalos-marinhos dentro dos tanques no Ramalhete
 
- Ecologia e biologia dos cavalos-marinhos no meio selvagem - tem duas vertentes que se pretendem explorar: monitorização das populações selvagens de cavalos-marinhos na ria formosa (para ter uma ideia se a população está a aumentar ou a regredir); saber o que esta a acontecer com a população actualmente e, para isso, têm que se realizar mais experiências para chegar às conclusões.
- Tentar melhorar o meio ambiente em que eles ocorrem, isto é, criar-lhes condições para que eles voltem a colonizar, utilizando estruturas artificiais, devidamente autorizadas pelo parque natural, de modo a que os cavalos-marinhos voltem aos locais onde existiam anteriormente para que as populações voltem a crescer novamente. Estas são duas componentes principais do projecto.


 Para além destas duas existe outra componente mais secundária, que consiste em fazer um programa informático chamado Sistema de informação geográfica com toda a informação recolhida, que irá ser utilizada como ferramenta de gestão das populações de cavalos-marinhos na ria formosa.

Investigador Miguel Correia e Investigador Jorge Palma
São três os investigadores principais: deste projecto: Jorge Palma (na fotografia à direita), Miguel Correia (na fotografia à esquerda) e o professor José Pedro Andrade, que é o coordenador do projecto. As tarefas são divididas por ambos, sendo que muito deste projecto é mergulhar na ria formosa para identificar populações e fazer as contagens de indivíduos. É necessário, pelo menos dois mergulhadores e mais alguém que fica a bordo. Posteriormente, em conjunto será recolhida informação quer da avaliação e da monitorização realizadas nas populações da ria, quer na 2ª fase do projecto que consiste na utilização das estruturas artificiais, que depois de colocadas no local, terão de ser monitorizadas semanalmente, sendo que numa fase mais posterior, passará a ser mensalmente durante um ano. Estas estruturas são importantes para que se possa perceber como se procede a colonização das mesmas, ou seja, estas estruturas para além de atraírem os cavalos-marinhos também atraem outros seres vivos (invertebrados, outras espécies de peixes) visto que estes não se encontram isolados, trata-se, portanto, de um ecossistema. Os investigadores em conjunto tentam compreender e saber o melhor possível toda a biodiversidade lá existente.
Ria Formosa - habitat natural dos cavalos-marinhos

Causas previstas (maioritariamente impactes humanos):
-  Pesca legal ou ilegal;
-  Utilização lúdica da ria (excesso de navegação de recreio);
-  Esgotos mal tratados;
- Escorrência das ribeiras (por exemplo quando chove, água arrasta os pesticidas, substâncias tóxicas que irão desaguar na ria, podendo entrar na cadeia alimentar dos cavalos-marinhos, prejudicando-os);
Todos estes factores em conjunto irão afectar toda a população de cavalos-marinhos existente na ria. Estes factores não afectam toda a ria pois esta tem uma grande extensão e estas causas podem não actuar todas ao mesmo tempo nem no mesmo local.

Condicionamentos do projecto:
- É fundamental obedecer a marés, devido à altura da água;
- A altura ideal deverá ser na enchente (quando a água da ria está mais límpida) e durante o dia;
- Condições meteorológicas

domingo, 16 de janeiro de 2011

Ida à Universidade do Algarve, Faculdade de Ciências e Tecnologias - CCMar

    No passado dia 10 de Janeiro o nosso grupo dirigiu-se a Faro, à Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade do Algarve no Campus das Gambelas, onde está incluído o Centro de Ciências do Mar (CCMar). Quando chegámos à universidade, dirigimo-nos ao edifício 7, como nos tinha sido indicado no mail que recebemos do investigador Jorge Palma. Como nenhum elemento do grupo ainda tinha ido à universidade, andámos um pouco perdidas até conseguirmos encontrar o edifício e o gabinete do investigador, contudo conseguimos chegar antes da hora que tínhamos combinado  com o mesmo. 
    No gabinete do investigador Jorge Palma, tivemos uma pequena conversa inicial e este sugeriu que primeiramente fôssemos visitar o Ramalhete onde se encontram os cavalos-marinhos em cativeiro para a realização de experiências e para cultivo, assim como muitos outros peixes. Como o Ramalhete se situa-se junto da Ria Formosa (no caminho para a ilha de Faro) tivemos que ir de carro: eu a Margarida fomos no carro do investigador Jorge Palma e a Joana e a Rita foram no carro do investigador Miguel Correia, que também nos acompanhou nesta visita pois encontra-se na investigação da perda da população de cavalos-marinhos na Ria Formosa.

  • Ramalhete: 
   No Ramalhete visitámos os tanques onde se encontram os cavalos-marinhos assim como o resto das instalações, onde se encontram a decorrer outras experiências. Tivemos a oportunidade de retirar os cavalos-marinhos dos tanques e pegá-los, experiência da qual nenhuma de nós ainda tinha feito. Enquanto víamos os cavalos-marinhos os investigadores deram-nos várias informações sobre o comportamento dos cavalos-marinhos na época de reprodução, a sua alimentação, como distinguir o macho da fêmea, algumas características e curiosidades e falaram-nos sobre o projecto de investigação que estão a iniciar.
 
  • Gabinete do Investigador: 
     Após a visita ao Ramalhete, os investigadores mostraram-nos os laboratórios de investigação e fomos para o gabinete do investigador Jorge Palma, onde realizámos uma entrevista vídeo para ficarmos com um registo de toda a informação que nos foi transmitida pelo investigador, assim como iremos utilizar partes da entrevista para a campanha de sensibilização. O investigador ficou ainda de nos enviar fotografias  e pequenos vídeos feito durante os mergulhos na Ria Formosa. Ambos os investigadores mostraram-se disponíveis para colaborarem com o nosso projecto pois também é uma forma de divulgarmos o projecto deles. 

    Esta visita foi muito importante para o decorrer do nosso projecto pois conseguimos obter muita informação, aprendemos muitas coisas que ainda não sabíamos e tirámos várias fotografias aos cavalos-marinhos que iremos utilizar assim como a entrevista vídeo que fizemos ao investigador.